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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um monstro chamado veterinário

Eu não tenho fotos desses momentos tenebrosos, mas vou contar a história pra vocês.
Eu ando meio adoentado; não estou crescendo muito, não engordo e meu cocozinho é sempre molinho. Por isso, na sexta-feira, dia 09 de novembro, minha mãe me levou ao veterinário, junto com mais alguns amiguinhos daqui de casa. O veterinário disse que eu sendo fraquinho assim, existia a possibilidade de eu ser FELV e/ou FIV positivo. Ele passou pra mamãe uma série de vitaminas pros gatinhos daqui de casa.
Eu estava tomando essas vitaminas. Mas domingo tive uma diarreia muito forte. Segunda, perdi bastante o apetite. Aí a mamãe pirou achando que eu ia morrer. Foi então na terça-feira, dia 13 de novembro, que mamãe chamou um táxi. Me colocou na caixinha de transporte. Adoro andar de táxi. Estava achando muito legal. Cheguei lá; mamãe conversou com uma menina que fica numa mesa e eu não entendi, mas eu sei que a gente teve que ficar lá um tempão... Mamãe me soltou da caixinha e eu escolhi uma cadeira e deitei e fiquei lá, extremamente relaxado... Brinquei com a mão da mamãe, cochilei, ronronei, caminhei um pouco... Até que chegou o mesmo tio de branco da semana passado, o tal veterinário e mamãe me pegou no colo e fomos pra uma sala. Eu logo percebi que havia algo errado...
Eu me indignei porque esse tal veterinário, que eu descobri que era um monstro disfarçado, raspou meu pescoço e enfiou uma agulha; mas eu mordi e arranhei e não deixei tirarem meu sanguinho; daí foi covardia: me seguraram entre três, amarraram um elástico na minha patinha e enfiaram um tubo. Eu tentei resistir, mas não deu. Depois de tirarem meu sangue, eu fiquei caminhando de um lado por outro miando indignado enquanto mamãe estava com cara de preocupada. Uns minutos depois, mamãe e o titio de branco sentaram e disseram que eu era FELV e FIV negativo; não sei bem o que é isso, mas deve ser bom. Daí, ficaram conversando e vendo um monte de papel com coisas escritas, que mamãe disse que são os remédios que vou ter que tomar um tempão pra parar de fazer cocozinho mole e fedido e ver se eu ganho um pesinho (mamãe diz que magreza demais não é beleza). Por fim, pra piorar, me deram uma injeção, mas mamãe disse que é pra eu não ficar brabo (raiva), porque essa injeção é pra eu poder viajar com ela no fim do ano, pra casa dos meus avós, lá longe, no RS. Esse foi meu dia, viram que estresse que eu passei nos últimos dias?
E ainda, pra ajudar, na sexta-feira, dia 16 vim de novo pra um veterinário, como já contei antes, onde estou até agora. Às vezes chego a pensar que mamãe me esqueceu aqui e nunca mais vai me buscar. Mas às vezes ela aparece, conversa comigo e tenta explicar que eu não posso ir pra casa logo; mas eu não consigo entender, eu quero ir pra casa, pra junto de minhas coisinhas, dos cheiros que eu conheço e da minha mamãe.

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